Alice no país de quem??




Vocês já pararam para pensar na real história por trás dos contos de fadas? Dificilmente. Como eu mesma já mostrei quando falei dos irmãos Grimm, a maioria dos contos de fadas não são simplesmente histórias de crianças. O que me levou a ir a fundo na história da Alice foi o fato de todos serem loucos, apesar do fato de que eu amo esses loucos. Eu sei, eu sei ... Isso é meio obvio, não? Mas para mim não fazia o menor sentido criar uma história onde todos fossem loucos e só isso, loucos. Pois para mim uma pessoa não é simplesmente assim e pronto, como também os personagens não são, afinal uma pessoa os criou. Fiquei realmente intrigada.

Ora, todos nós já caímos no toca de um coelho, não é verdade? Não.

Alice no país das maravilhas é a obra mais conhecida de Charles Lutwidge Dodgson, publicada a 4 de julho de 1865 sob o pseudônimo de Lewis Carroll. Carroll, autor da obra, tinha Hobbies um tanto quanto peculiares até mesmo para a sociedade da época, ele fotografava crianças semi-nuas. Isso mesmo!! E o curioso é que todas eram meninas. Segundo suas biografias e todas as fontes que pesquisei ele só as fazia com a autorização dos pais das mesmas. Além disso, Carroll trabalhava em Oxford e lá conheceu Henry George Liddell, o vice-chanceler da Universidade de Oxford e decano da Christ Church, bem como diretor da escola de Westminster e pai de três meninas: Lorina Charlotte, Edith Mary e Alice Pleasance Liddell.

Já da para imaginar o que aconteceu depois?

Num belo dia, Charles, ou Carroll, inventa uma história para entreter as três irmãs e elas gostam tanto que insistem para que ele continue, aperfeiçoe e publique. E é justamente isso que ele faz! Porém, o livro foi escrito para crianças e adultos. Vamos as teorias e curiosidades!!
Uma delas é que a Rainha de Copas seria uma critica ao governo da época, por isso seu bordão de cortar cabeças.
Nossa querida Alice seria esquizofrênica? Acredito que sim! Embora nenhuma biografia do autor relate o contexto de seus personagens, há varias teorias e estudos de que Alice seria esquizofrênica. 


Alice para o pai: - Pai, eu acho que sou louca...

- Sim Alice, você é louca! Louquinha, pirada.
...
- Mas vou lhe contar em segredo... as melhores pessoas são assim! 


*Não discordo dele, mas também não diria isso para uma criança.

Sendo assim, o país das maravilhas seria simplesmente a escapatória alternativa de uma criança que não podia ser compreendida em sua época. Que quando sonhava, fugia para um lugar onde ser louco era comum. A lagarta azul seria a consciência de Alice, não sei se perceberam, mas a lagarta passa todo o filme fumando enquanto aconselha a menina. Os famosos Eat me e Drink me seriam os remédios que a faziam sentir como se crescesse ou diminuísse. Segundo outros pesquisadores poderia ser um incentivo particular do autor as drogas, inclusive o ópio, embora ninguém tenha consegui provar o uso da droga pelo autor.


Gato de Cheshire faz alusões a reflexões filosóficas, sua aparente função na trama diz respeito ao contato que estabelece com a personagem Alice. O Gato de Cheshire é dos poucos personagens que travam diálogo com a menina, explicando - mesmo que de forma confusa e perturbadora - certas regras do País das Maravilhas, orientando Alice em seu caminho.

"Nesta direção", disse o Gato, girando a pata direita, "mora um Chapeleiro. E nesta direção", apontando com a pata esquerda, "mora uma Lebre de Março. Visite quem você quiser quiser, são ambos loucos."


"Mais eu não ando com loucos", observou Alice.

"Oh, você não tem como evitar", disse o Gato, "somos todos loucos por aqui. Eu sou louco. Você é louca".

"Como é que você sabe que eu sou louca?", disse Alice.

"Você deve ser", disse o Gato, "Senão não teria vindo para cá."



O Chapeleiro além de ser um amigo que a entendia, era louco porque os chapeleiros ingleses daquela época realmente ficavam loucos devido ao uso de alguns produtos na confecção dos chapéus.
O coelho era uma alusão ao tempo para Alice. E o famoso Chá inglês? Todos já ouvimos falar? O rigoroso costume de toma-ló as cinco da tarde. 

Estamos todos atrasados pro chá!!!



Voltando ao mundo real, Carroll se encantou com a verdadeira Alice, escreveu cartas que começaram a preocupar seus pais e fizeram com que eles se afastassem do autor. Em uma dessas cartas ele pedia que a menina cortasse mechas de cabelo e mandasse para ele. Exagerado, né? Arg rsrsrs
Alice casou e teve três filhos, com a morte precoce de seu marido, veio a falta de dinheiro e ela vendeu uma copia do manuscrito que Carroll havia mandado para ela.


Alguém sabe me dizer a semelhança entre um corvo e uma escrivaninha??

























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